3 de mar. de 2011

Já é carnaval Cidade, Acorda pra ver!!!

 Carnaval
Queridos amigos, começa hoje o Carnaval. A dita maior festa popular do mundo. Para mim, soteropolitano de corpo, alma e coração, o Carnaval é mais que uma festa. É a semana de férias reais. Férias da vida, das angústias e preocupações do cotidiano.
E é justamente por isso que farei agora algumas pequenas considerações.
Se você é folião, daqueles que, já na semana anterior não consegue pensar em outra coisa a não ser no agito da rua, lhe darei algumas dicas para tornar sua folia ainda mais especial.
Primeiro, cuide-se. Cuide do seu corpo, pois a rotina é puxada. Beba muita água. Se alimente com coisas leves. Feijoada e mocotó caem muito bem nesta época. Se for sair de dia, use um chapéu para proteger do sol. Apesar de não ser o Bial, também sugiro que use protetor solar, mesmo sabendo que, naquele aperto da avenida a maior parte do corpo o sol nem vê, né? Se você só for sair à noite, também vale usar o chapéu, a menos que não se incomode em tomar banho de cerveja, item que chove em abundância durante os festejos. Seja da paz e deixe o orgulho de lado. Se lhe pisarem o pé, sorria e peça desculpas. Covardes normalmente vivem mais e são, na grande maioria, lindos, com os dentes intactos.  Quanto a heróis e valentões só DEUS é quem sabe. Proteja-
se, sempre! AIDS e outras doenças não avisam onde habitam. Use Camisinha. É melhor chupar bala com papel do que ficar diabético! Existe uma máxima popular que diz que “DEUS protege as crianças, ou loucos e os bêbados.” Como já faz bastante tempo que você passou da fase infantil e, sua loucura é de conveniência, melhor beber, só um pouquinho com moderação pra garantir, pois, com a proteção do PAI tudo fica fácil.
Segundo, cuide da sua alma. Desarme seu espírito. Não entre na folia. Deixe que ela entre em você. Ame muito. Beije muito. Divirta-se. Esqueça suas amarras. Solte seus bichos, ou suas bichas, se assim preferir. Você está lá para se fazer feliz, desde que respeite o outro, portanto, não importa o que eu penso, é você quem tem que se sentir bem. Seja, sempre, 100% você! Vale o beijo roubado, sem violência, é claro. Vale o bom e velho beliscãozinho no bumbum,
 obviamente, também respeitando a regra antiviolência. Abrace o amigo e saia pulando e rodando. Puxe de leve o cabelo da gatinha, mas, não molhe, pra não correr o risco de estragar a escova e finalizar o carnaval da moça.
Terceiro, esteja no lugar certo, na hora certa. Muitas atrações são fantásticas, mas, as três que relatarei são imperdíveis: 1 - Não perca a Alvorada do Gandhi. Ignore os aspectos místicos e religiosos. Não é um culto. É uma manifestação de cultura latente. Vá, assista sem preconceito e se deixe maravilhar pelo tapete branco sendo tecido, lentamente em mais de cinco mil pontos por mãos que só podem ser Divinas;



 2 - Dê um jeito de chegar perto, ao lado do trio de Ivete. Olhe para aquela mulher, assim mesmo, de baixo para cima e, se delicie. Aprecie a consolidação da exuberância feminina.
 Posso garantir que é lindo de se ver; 







3 – Vá ali, entre a Barra e a Ondina, no estacionamento externo do finado Clube Espanhol e veja o Chicletão passar. Procure se concentrar na multidão aglomerada naquela ladeira que fica em frente, e pendurada também no morro. Observe como a coreografia é linda, sincronizada e espante-se. Aquilo não foi ensaiado. Se por acaso o arrepio tomar conta de você e, rolar alguma lágrima no canto dos olhos,não precisa se envergonhar. Primeiro, porque não tem ninguém lhe olhando. Segundo, você não está sozinho! Agora, se você gosta é do Asa, “asar” o seu. Tem gosto pra tudo e também está valendo.

Mas, meu amigo, se sua praia não é curtir a folia, também não tem problema. Aproveite o feriado para estar perto de quem você ama. Ore. Adore. Refaça ou reforce os votos.
O mais importante é ter em mente que é um momento único, um período sabático, pra relaxar ou curtir, a depender do gosto do freguês, mas, que a vida volta, com tudo, na quarta-feira de cinzas. Esteja pronto para este retorno e, nas primeiras horas da quarta-feira, quando certamente você resenhará com os que não estiveram por perto, você possa, intimamente, dizer: “Valeu! Foi bom! Adeus...”

Paulo Pereira

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